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Interface entre dois mundos: incorporadoras e artistas digitais
A arte anuncia um novo mundo e a estratégia é conectar
Toda arte é revolucionária e anuncia novos tempos, novas possibilidades de ordenação do mundo como afirma o professor de Psicologia Fenomenológica da PUC-SP, Nichan Dichtchekenian.
Artista é aquele que tem a sensibilidade de enxergar além naquilo que parece ser corriqueiro, como se o mundo estivesse sussurrando algo somente ao seu ouvido. É a possibilidade de sintetizar uma percepção absolutamente original do mundo em uma obra. O modo de ser humano mais objetivo. É quem está na linha de frente e, em não se curvando às convenções, abre novos caminhos e anuncia possibilidades de um novo mundo.
Se tivesse que resumir nossa estratégia em poucas palavras, escolheria “Arte”, “Conexão” e “Integração”. Somos em essência um grupo de artistas. Cento e doze artistas de diversos backgrounds (dos mais óbvios aos mais inusitados para o segmento) que impactam diretamente uma das maiores indústrias do mundo, trazendo resultados de negócio para os maiores players mundiais do setor com elegância e inteligência, por meio da sensibilidade artística. Através daquilo que mais nos conecta enquanto espécie: boas histórias.
O que é estratégia e como ela ocorre na vida prática das organizações é assunto amplamente debatido na comunidade acadêmica e no meio da gestão empresarial. Para trazer uma definição simples e objetiva, segundo a Harvard Business Review, estratégia é um conjunto integrado de escolhas que te posicionam em determinado campo de atuação de tal forma que você vença. Trata-se então de uma teoria, do porque devemos agir de determinadas formas e não de outras tendo em vista o sucesso.
Em um mundo menos dinâmico como o de meados do século passado, bom senso e pensamento linear mostravam-se mais assertivos em nos ajudar a descobrir os melhores caminhos e a tomar as melhores decisões.
O mundo hiperconectado atual nos coloca frente a frente dentro das organizações com o desafio cada vez maior da complexidade. Não é possível ter tanta previsibilidade quanto gostaríamos. Eventos como a pandemia mundial de COVID-19 deixam claro que todas as certezas que as mais respeitadas mentes são capazes de projetar sobre nossa realidade, podem do dia para a noite tornar-se um equívoco óbvio.
O ambiente complexo exige uma perspectiva que vai além de enxergar ameaças e oportunidades de negócio, e requer uma atenção constante à interação desses fatores. A enorme complexidade do mundo contemporâneo nos lembra constantemente que a única certeza é a mudança, e isso requer inevitavelmente a constante adaptação das organizações.
Jurgen Appelo em “Management 3.0” sugere que toda a gestão e liderança é, em si, gestão da mudança, e pela natureza complexa das organizações modernas devemos executar muitos experimentos ao invés de buscar antecipação e segurança para apostar nossas fichas. Bill Taylor em artigo para a Harvard Business Review, ressalta que grandes empresas que navegam bem no mundo complexo como Coca Cola, Netflix e Amazon vivem isso na prática aprendendo com seus erros.
Seus líderes afirmam categoricamente que se não estamos errando, não estamos explorando o suficiente as possibilidades. Para cada “Alexa” que conhecemos, existem inúmeros projetos que falharam e nem tomamos conhecimento.
A Elephant Skin não foge a regra, e conscientes disso temos uma cultura que dá espaço para a experimentação. Sabemos que caso algo não saia conforme imaginávamos inicialmente, “Sh*%t Happens” e segue o jogo. Isso incentiva que todos tenhamos iniciativa e exploremos as possibilidades.
Liderar através da complexidade significa pensar de forma não linear, pensar diferente
Ter a coragem de testar. Isso pode representar grande desafio em um mundo forjado desde o ensino básico pelo pensamento positivista já que no final das contas, os melhores planos dependem de um grande número de pessoas dentro de uma organização para se tornarem execução de excelência.
É preciso estar aberto ao novo e ao não óbvio e ter a consciência de que de maneira alguma isso significa sermos irresponsáveis, mas sim tomar riscos calculados. Cada vez mais precisamos da cultura de inovação para resolver os problemas do mundo moderno. E quem melhor que nós artistas para inovar?
No meio desse mar de ideias e conceitos abstratos, o que é afinal estratégia na prática para nós da Elephant Skin?
A estratégia é Inovar: Uma plataforma de criação
Marshall Van Alstyne professor da Boston University trouxe em palestra ao evento “Platform Strategy Summit”, da “MIT Initiative on the Digital Economy” a noção sobre como plataformas mudam o cenário das organizações tanto em estrutura como estrategicamente, e que novas perspectivas são necessárias para as organizações do século 21.
Em 2007 apenas 7 gigantes do mercado controlavam 99% das receitas de aparelhos celulares e smartphones. Neste mesmo ano, a Nokia sozinha investiu 40 bilhões de dolares em P&D, e de alguma forma muito contra intuitiva dali a apenas 6 anos a Apple (que não atuava com telefonia móvel e somente colocou o primeiro iphone a venda ao final de junho), seria responsável por 92% dos lucros da indústria. Uma clara evidência de que algo mudou nesse mundo das plataformas que emergia.
Um traço característico desse tipo de modelo de negócio é a externalização da proposta de valor. Precisamos ser mais abertos, inclusivos e voltados a construir comunidades quando pensamos no design de nossas estratégias. Temos diversos exemplos como Spotify, a Apple e o ios, Netflix, Amazon, Facebook, Airbnb dentre outras plataformas que simplesmente transformaram o mercado em que atuam.
A Elephant Skin é uma plataforma que conecta os talentos artísticos e a tecnologia aos grandes atores do mercado imobiliário, permitindo que juntos possam desenvolver conceitos e produtos assertivos e comunicá-los em campanhas publicitárias que conectam.
Estamos construindo gradualmente um modelo flexível e capaz de atender as demandas de um setor ainda bastante conservador, de forma que possamos nos beneficiar dos efeitos de redes de uma plataforma. Habilitamos redes de competências que articulam um conjunto de agentes formando times de excelência que entregam um fluxo de valor.
Somos a interface entre dois mundos muito distintos que é o dos incorporadores e o dos artistas digitais. Permitimos a integração e conexão, por meio de um ambiente virtual propício à criatividade e de uma cultura de liberdade e confiança. Nosso modelo e nossa cultura trazem aos nossos parceiros a estrutura de gestão de times necessária para que essa comunidade de artistas se organize em torno dos desafios de negócio dos clientes de uma forma modular.
A criação artística carrega consigo um caráter de auto realização em forma de expressão individual. O que o artista quer ver é a materialização da sua perspectiva de mundo em grandes obras, que tenham alcance e gerem impacto.
Portanto, a liberdade é algo basilar por aqui, e acreditamos que quem sabe a melhor forma de se organizar para produzir é o próprio artista. Nosso papel é somente dar a estrutura necessária para que ele tenha a melhor gestão de seu próprio tempo e consiga produzir arte de uma forma que gere valor para o cliente que está do outro lado da mesa (ou melhor dizendo, da plataforma).
A liberdade como um de nossos valores também nos incentiva a não ficarmos presos aos padrões que pouco a pouco temos observado serem reconsiderados em um grande processo de digitalização do trabalho tracionado pela pandemia.
Tem sido mais frequente nos depararmos com matérias como essa do The New York Times sobre um teste de jornadas de trabalho reduzidas na Unilever e essa do The Verge sobre o anúncio da Microsoft quanto à sua política de tempo livre ilimitado. Isso indica que estamos caminhando para um mundo onde há mais espaço para testar novas formas de nos relacionarmos profissionalmente. Nada novo sob o sol para nós, que sempre fomos e sempre seremos remotos e sempre prezamos por liberdade com responsabilidade.
Somos uma empresa que pensa o ambiente de trabalho diferente. Temos consciência que por sermos uma startup relativamente recente ainda aprendemos diariamente como melhorar nossos processos visando sempre o bem estar e a satisfação profissional de nossa comunidade. Mas é nítido para qualquer um que apesar dos desafios que a convivência de um grande número de pessoas trás, somos altamente flexíveis e abertos a testar em nossos protocolos aquilo que faz sentido para quem está aqui usando essa comunidade como meio para agregar valor.
Histórias conectam e a tecnologia integra
No livro Sapiens, o autor Yuval Harari sugere que um dos motivos da hegemonia da espécie humana é nossa capacidade de criar histórias e coletivamente acreditarmos nelas. Apesar de sermos infinitas vezes mais frágeis que várias espécies, somos capazes de nos articular de forma flexível em larga escala e coordenar nossas ações. Se essa é uma característica humana, ter a sensibilidade de perceber os sinais certos e saber contar uma excelente história é então ferramenta poderosa. Boas histórias conectam e essa é nossa especialidade.
Especialmente em 2023 muito tem se falado do poder da Inteligência Artificial e de todas as novas possibilidades que está trazendo.
Quem já assistiu a série Black Mirror da Netflix talvez tenha sentido a sensação assustadora de imaginar que algumas das propostas que a série traz possam eventualmente tornar-se realidade. E se forçarmos um pouco a barra talvez algo que foi sugerido ali não esteja tão longe de acontecer. O premiado cientista brasileiro Miguel Nicolelis (conforme descreve artigo da faculdade de medicina da USP-SP) conseguiu em suas pesquisas no laboratório da Duke, na Carolina do Norte, fazer com que um robô em Kyoto caminhasse controlado à distância pelos neurônios de um macaco. Prefiro manter o pé no chão, mas trago essa reflexão para provocar as ideias quanto às possibilidades de usarmos a tecnologia para gerar mais valor para todos agentes de nossa plataforma.
Queremos usufruir do avanço tecnológico para elevar a um outro nível a nossa capacidade de coordenação e integração. O grande objetivo é trazer melhoria contínua ao ambiente de trabalho em benefício da comunidade, e agregar mais valor para os nossos clientes.
Aqui usamos a tecnologia para colocar o humano no centro e fomentar a criatividade, potencializando nossa capacidade de contar histórias, sermos criativos e termos uma melhor qualidade de vida. Por aqui existem grandes projetos de P&D em fases iniciais, e acreditamos no poder da tecnologia para ressignificar as possibilidades, sempre colocando o humano e o artista no centro como protagonistas. Se a arte tem o poder de abrir caminho para o novo, temos aqui solo fértil para inovar e gerar grande impacto, liderando no setor uma revolução na forma como trabalhamos e possibilitando contar novas histórias que vão abrir caminho para ilimitadas possibilidades para o mercado imobiliário.
Gerente de Comunicação - Roberta Lemos | Estagiário de Comunicação – João Victor Campos
Jornalistas - Daiana Barasa and Juliana Rodrigues | Naiá
Entrevistado – Felipe Diaz - Head de Strategy
Todos os direitos reservados para a Elephant Skin Group Corp.